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COMECE e Caritas Europa apela à União Europeia para que atue sobre as das causas estruturais da pobreza

A Cáritas Arquidiocesa de Braga subscreve a mensagem difundida hoje pela Caritas Europa, em parceria com a COMECE – The Catholic Church in the European Union, por ocasião do III Dia Mundial dos Pobres e através da qual se apela às instituições europeias e a todos os Estados Membro a melhorar as suas políticas sociais, a fim de combater as causas estruturais da pobreza, promover o desenvolvimento humano integral e pôr um fim à pobreza na União Europeia (EU).

Segundo estatísticas recentes, quase um quinto da população da União Europeia vive na pobreza ou em risco de pobreza. O desemprego, condições económicas e de trabalho adversas, especialmente entre os jovens, afetam milhões de famílias, às quais é negada uma remuneração justa e justa que lhes permita viver dignamente.

Na sua mensagem “A esperança dos pobres não perecerá para sempre”, o Papa Francisco convida todas a sociedade e todas as instâncias responsáveis a refletir sobre as crescentes desigualdades entre ricos e pobres e as suas consequências, e pede a cooperação de todos “para que ninguém se sinta privado de proximidade e solidariedade”. Neste sentido a COMECE e a Caritas Europa pedem às instituições europeias que dediquem pelo menos 30% do Fundo Social Europeu+ à inclusão social e à luta contra a pobreza, e a desenvolver uma estratégia para 2030 na qual seja delineado um roteiro para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e traduzir o Pilar Europeu do Direito Social em políticas e ações concretas.

É inaceitável que as nossas sociedades não apoiem adequadamente as crianças, que são o grupo que mais corre risco de pobreza na Europa. Para romper esse ciclo e garantir um futuro a todas as crianças da UE, a COMECE e a Caritas Europa acolhem com satisfação a ideia de desenvolver uma Garantia Europeia para a Criança – como proposto por Ursula von der Leyen, presidente eleita da Comissão da UE – e incentivar as instituições da EU a proporcionar os recursos financeiros adequados.

Conforme destacado na Declaração sobre o futuro do trabalho publicada em novembro de 2018 pela Comissão de Assuntos Sociais do COMECE, a UE e seus Estados-Membros promoverão formas de emprego decentes e estáveis, incluindo o trabalho em plataforma online e o trabalho independente oculto. Além disso, é necessário repensar o modelo social europeu, adaptando a proteção social às novas realidades da economia digital.

Exatamente quando o Papa Francisco nos convida a “iniciar um verdadeiro diálogo fraterno” com as pessoas que vivem na pobreza, incentivamos aqueles que têm em si a função de desenhar as políticas a aprimorar o diálogo social e civil na Europa e a ouvir sinceramente as pessoas que sofrem de pobreza, a fim de moldar sociedades justas, inclusivas e centradas na pessoa.

Nesta ocasião, os secretários gerais da COMECE e da Caritas Europa, respetivamente Pe. Manuel Barrios Prieto e Maria Nyman, dirigem suas recomendações à instituição da UE nessas mensagens de vídeo.