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Mais de 20 entidades concelhias subscreveram, ontem, uma Carta Compromisso com o objectivo de criar sinergias que possam favorecer o encaminhamento e acompanhamento integrado das vítimas de violência doméstica, bem como o desenvolvimento de iniciativas que reforcem as políticas de prevenção e combate deste fenómeno e a promoção da igualdade de género.
O Município de Braga e a Cáritas Arquidiocesana de Braga, através do Centro de Informação e Acompanhamento a Vítimas de Violência Doméstica, estão a dinamizar o Fórum Concelhio sobre Igualdade de Género e Prevenção e Combate à Violência Doméstica. Para o vice-presidente da autarquia, Firmino Marques, estas instituições comprometem-se na defesa dos direitos humanos que a todos une.

Para o autarca é extraordinariamente importante porque este tema é um tema sem fim e quantos mais combatentes se juntarem a este exército melhor. E Firmino Marques foi mais longe: a balança que faz funcionar o conceito de justiça deve-se manter equilibrada e merece um trabalho de cumplicidade e complementaridade. Não podemos ficar acomodados, devemos ficar incomodados e, por isso, devemos inverter a situação de forma atenta, participativa e militante, valorizando as pessoas, até porque o desequilíbrio não pode ser uma forma de estar.

Já o presidente da Cáritas Arquidiocesana de Braga, José Carlos Pinto Dias, agradeceu a todos os que estão envolvidos nesta luta. Esta carta espelha o compromisso efectivo destes parceiros, porque o trabalho em rede é fundamental para a real integração das vítimas de violência doméstica. E o presidente deixou o repto: é preciso sensibilizar a sociedade para a vio- lência doméstica e urge trabalhar a cidadania íntima desde as idades mais jovens. José Carlos Pinto Dias foi ainda mais longe: é preciso promover a autonomia e a auto-estima das vítimas e isso requer uma intervenção integrada para conseguir depois ter um projecto de vida independente. Esta Carta Compromisso é, portanto, um maior compromisso e desafio perante as vítimas e para o presidente da Cáritas Arquidiocesana de Braga mais um passo para o desenvolvimento de iniciativas locais para o combate à violência doméstica.

Já Rosa Oliveira, da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género, destacou deste trabalho em rede a importância da universidade, que pode dizer como intervir rapidamente. E aquela responsável defendeu que a nova estratégia passa pela cidadania junto dos mais novos.
Tratando-se a Violência Doméstica de uma das áreas de intervenção prioritárias identificadas no PDS, 2016-2021, o Fó-rum Concelhio é um lugar de encontro de saberes, respostas e soluções, onde se reflectem estratégias dos múltiplos parceiros e acções concertadas para uma resposta una em termos concelhios sempre numa lógica de proximidade e complementaridade.